USO DE TELAS NA INFÂNCIA X ALIMENTAÇÃO:
- Padaria dos Bebês
- 30 de jul. de 2022
- 3 min de leitura
Conheça aqui os riscos de oferecer celulares e tablets no momento da refeição

É fato: a tecnologia entrou em nossas vidas de forma avassaladora e definitiva, e sem dúvida trouxe diversos benefícios, como maior acesso a informações, entretenimento e facilidade para compras, por exemplo.
No entanto, é preciso cautela para que seu uso não acabe se estendendo, já que o tempo prolongado de telas (como TV´s, celulares e tablets) pode trazer inúmeros malefícios – sendo que estes são ainda piores quando falamos do uso de tecnologia em excesso por crianças.
Sim, o uso de telas neste público vem aumentando a cada ano, principalmente depois da pandemia causada pelo covid-19. Mas o que em algum momento pareceu ser a bóia salvadora para equilibrar trabalho e filhos em casa, agora pode ser um grande vilão do desenvolvimento infantil.
IMPACTOS DAS TELAS NA SAÚDE DA CRIANÇA:
Ficar muito tempo na frente de celulares ou tablets pode prejudicar a saúde de bebês e crianças causando: 1-3
- Irritabilidade e ansiedade
- Transtornos de déficit de atenção e hiperatividade
- Transtornos do sono
- Sedentarismo e falta da prática de atividades físicas
- Problemas de visão, como miopia
- Menos oportunidades de aprendizado
USO DE TELAS E ALIMENTAÇÃO:
E quando a tela é oferecida ao bebê ou criança no momento da refeição? Bom, aí vemos outros prejuízos bem importantes.
Uma pesquisa feita com crianças pré-escolares e escolares, por exemplo, mostrou que quanto maior o tempo em frente às telas, pior é a qualidade da alimentação – evidenciada pelo alto consumo de açúcar e gorduras, e menor consumo de frutas e vegetais 4.
Além disso, os pesquisadores apontam que propagandas de marcas de chocolates e refrigerantes, por exemplo, exibidas durante jogos e/ou programas infantis têm alto poder de influência neste público, já que crianças expostas a este tipo de comunicação mostram-se mais propensas ao consumo destes produtos 4. Assustador, não? =/
No mais, a gente sabe que a criança que se alimenta em frente à tela acaba comendo no “piloto automático”, e por isso não consegue perceber os sinais da saciedade, um importante fator para um comportamento alimentar saudável até a vida adulta 5.
Por fim, alimentar uma criança que não sinaliza quando está saciada (por estar distraída com a tela) também é associado a um ganho de peso excessivo, aumentando as chances dela se tornar uma criança ou adolescente com sobrepeso ou obesidade 5.
TEMPO DE TELA POR IDADE, SEGUNDO A OMS:
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) e com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), essas são as orientações para o uso de telas de acordo com a idade: 1-2
- Até 1 ano de idade: não é recomendado contato com telas
- De 2 a 5 anos de idade: Até 1 hora/dia de telas
- De 6 a 10 anos de idade: Até 2 horas/dia de telas
A gente sabe que o momento das refeições pode ser um tanto quanto caótico (se for fora de casa então, nem se fale!), mas os impactos negativos de deixar o bebê ou criança comer usando celular ou tablet, sem dúvida, são muito maiores!
Lembre-se que estes momentos desafiadores vão passar, mas as lembranças de bons momentos juntos à mesa vão ficar para sempre! ;)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
1. Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Manual de Orientação #MenosTelas #MaisSaúde. Disponível em https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/_22246c-ManOrient_-__MenosTelas__MaisSaude.pdf. Acesso em Julho/22.
2. Agência Brasil. OMS: crianças devem ter tempo em frente a telas limitado a 1 hora. Disponível em https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2019-04/oms-criancas-devem-ter-tempo-em-frente-telas-limitado-1-hora. Acesso em Julho/22.
3. Madigan S, Browne D, Tough ST. Association Between Screen Time and Children’s Performance on a Developmental Screening Test. JAMA Pediatr. 2019; 173(5): 501.
4. Shqair AQ, Pauli LA, Costa VP, Cenci M, Goettens ML. Screen time, dietary patterns and intake of potentially cariogenic food in children: A systematic review. J Dent; 86:17-26.
5. Silva GAP, Costa KAO, Giugliani ERJ. Alimentação infantil: além dos aspectos nutricionais. J. Pediatr. 2016; 92 (3 Suppl 1): S2-S7.
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